terça-feira, 23 de setembro de 2008

auto-retrato


AUTO-RETRATO

Eu vim de longe
Do fundo do mundo
Das entranhas de minha mãe
Mas era tão perto
Não sei ao certo
O que me tornei.
Fiquei tão eu!
Tão Ninguém!
Tão Mundo!
Que às vezes nem me reconheço
-Prendendo cabelos no espelho-
E volto ao mundo tão lá no fundo.
Mas agora só meu
Não mais de minha mãe...

2 comentários:

Maria Júlia Pontes disse...

Belo auto-retrato!
vamos ficando tão "nós", o tempo é uma coisa maluca, tempo-espaço continuum, rssss
bjos

Maria Júlia Pontes disse...

Ha o poema Poesia Demente é antigo, estará no meu livro.
Bjos